27 de ago. de 2009

Série: Família, obra prima de Deus - IV. Um cuidado especial com os familiares

IV. Um cuidado especial com os familiares

Chegamos agora ao aspecto mais importante de nosso estudo. Vamos examinar o texto Bíblico que trata da adoção de Moisés pela filha de Faraó (Ex. 2:1-10) e verificar o quanto de carinho e atenção foi dispensado ao menino por sua família, objetivando a sua preservação em vida.

Lembremo-nos do contexto difícil em que estavam inseridos Anrão e Joquebede, pais de Moisés. Além da situação de escravidão a que estavam sujeitos, também estavam assustados, como os outros hebreus, como o decreto do rei do Egito para as parteiras Sifrá e Puá matarem todos os filhos homens dos hebreus que nascessem (Ex. 1:15,16). Numa circunstância como essa, nasce Moisés. Pela misericórdia de Deus, sua vida e a de muitos outros meninos hebreus foram poupadas porque “as parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes ordenara” (Ex. 1:17).

Neste primeiro momento, Moisés estava salvo. Tendo nascido, e sendo um menino muito bonito, sua mãe escondeu-o da guarda egípcia por três meses, mas como fazê-lo por mais tempo (Ex. 2:2,3) ? Esta era a grande questão que os preocupava. Nas ações tomadas pela família de Moisés, vamos perceber o cuidado, o carinho e o zelo que dedicaram ao menino. Vejamos as providências tomadas.
1) Tomaram uma decisão. Além de esconder Moisés no próprio ambiente do lar por três meses (v.2), a família tomou uma decisão importante: escondê-lo ainda mais para livrá-lo dos algozes egípcios. Os preparativos iniciais demonstram o objetivo de escondê-lo em meio aos juncos, à margem do rio (v.3). Perceba que o menino Moisés está coberto de proteção e amor. Mesmo em meio ao sofrimento de um suposto abandono, todos os esforços da família são no sentido de preservá-lo.

2) Realizaram os preparativos. Para que o pequeno Moisés estivesse bem acomodado, seria necessário um lugar especial para depositá-lo. A solução foi preparar uma arca de juncos, e os pais de Moisés fizeram isto com esmero e dedicação, tomando os cuidados necessários para que ela estivesse segura e não trouxesse perigo à vida do bebê. Diz o texto que revestiram a arca com betume e pez, que eram massas próprias para tapar junturas, dando a devida impermeabilidade à arca (v.3).

3) Providenciaram vigilância. Moisés não tinha sido abandonado. O que a sua família queria era salvá-lo da morte. Assim sendo, após colocá-lo em meio aos juncos do rio, providenciaram vigilância em torno dele. Diz o texto: “e sua irmã postou-se de longe, para saber o que lhe aconteceria” (v. 4). Bonito este gesto. Demonstra também o carinho da irmã para com o irmão mais novo. É um gesto desprendido, de renúncia e abnegação. O texto não diz que irmã era essa, mas provavelmente teria sido Miriã.

4) Intervieram na hora certa. Percebe-se, nitidamente, uma estratégia estabelecida para preservar a vida de Moisés.

Este cuidado da família – que foi extremamente importante para Moisés nas circunstâncias que envolveram o seu nascimento – transposto para os nossos dias, revela o quanto precisamos zelar pelos nossos familiares. Nas pequenas coisas do cotidiano, revelamos o quanto nos interessamos pela família. Encontrar tempo para brincar com os filhos; sentar-se com eles para ver as lições da escola; zelar por seu conhecimento da Bíblia; dedicar-lhes expressões de carinho, como: beijos, abraços, elogios e pequenas lembranças; cuidar da sua saúde; indagar de seus problemas e dificuldades, interessando-se de fato pelo outro; investir tempo na companhia da família. Estes são alguns exemplos que devem estar presentes no âmbito familiar, envolvendo todos os seus membros.

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