Por Michel Gawendo, de Israel
A partir dos próximos meses, os mais de 7 milhões de habitantes de Israel poderão levar um susto ao receber a conta de água: a multa para quem abusar do consumo pode passar do equivalente a R$ 50 por mês. O país vive a pior seca da história e as previsões para o futuro próximo não são boas.
O lago conhecido como Mar da Galileia, de 165 quilômetros quadrados e que fornece 30% da água potável do país, está cinco metros abaixo do nível normal e à beira de esgotar sua capacidade de abastecimento. O local, conhecido no mundo inteiro pelas citações bíblicas, está secando. Já apareceram “ilhas” perto das margens, que agora estão a dezenas de metros da linha natural.
Os níveis de chuva no último inverno, que na região vai de janeiro a março, não chegaram à metade das quantidades normais. O aquecimento global provocou recordes de temperatura nos meses de abril e maio, o que piorou o quadro, já que parte da água armazenada em reservatórios evaporou.
A situação começou a ficar grave há 3 anos. Três invernos sem chuvas suficientes para encher os rios que alimentam o Mar da Galileia agravaram a crise. No Oriente Médio, não chove no verão e a região conta apenas com 2 ou 3 meses molhados. A seca também afeta o comércio de água mineral. As duas maiores empresas do país, que retiram água das montanhas da Judeia e do Golã, já informaram que a baixa dos níveis nas fontes pode contaminar o produto devido à concentração de minerais. Centenas de plantações já foram destruídas por falta de irrigação.
Para lidar com este cenário, o governo israelense tomou medidas drásticas, como a multa. A partir deste ano, a população está proibida de regar jardins de casas particulares. Quem for pego vai pagar caro. Além disso, famílias que usarem mais água do que a média de consumo residencial serão multadas em valores equivalentes a R$ 50 por mês.
A população está orientada a economizar. Uma propaganda na tevê mostra artistas famosos apelando pela economia de água. Para ilustrar a seca, um efeito de computador mostra a pele deles secando.
E o governo também promete fazer sua parte: a irrigação de parques públicos será reduzida ao mínimo necessário. Agentes vão distribuir aparelhos que alteram a pressão da água. O Ministério da Agricultura tem planos de construção imediata de usinas de dessalinização, que tiram o sal da água do mar para torná-la potável. Mas são projetos caros e demorados. No Oriente Médio, onde grande parte do território é desértico, a água tem grande valor. As poucas fontes de água são os rios que correm por terriotórios entre Líbano, Israel e Síria, países que estão em constantes conflitos. Segundo as previsões, a situação da água na região não vai melhorar pelo menos até 2014, o que coloca em risco tanto economias como processos de paz.
Fonte: Folha Universal
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Leitura recomendada: Seca do grande Rio Eufrates
O lago conhecido como Mar da Galileia, de 165 quilômetros quadrados e que fornece 30% da água potável do país, está cinco metros abaixo do nível normal e à beira de esgotar sua capacidade de abastecimento. O local, conhecido no mundo inteiro pelas citações bíblicas, está secando. Já apareceram “ilhas” perto das margens, que agora estão a dezenas de metros da linha natural.
Os níveis de chuva no último inverno, que na região vai de janeiro a março, não chegaram à metade das quantidades normais. O aquecimento global provocou recordes de temperatura nos meses de abril e maio, o que piorou o quadro, já que parte da água armazenada em reservatórios evaporou.
A situação começou a ficar grave há 3 anos. Três invernos sem chuvas suficientes para encher os rios que alimentam o Mar da Galileia agravaram a crise. No Oriente Médio, não chove no verão e a região conta apenas com 2 ou 3 meses molhados. A seca também afeta o comércio de água mineral. As duas maiores empresas do país, que retiram água das montanhas da Judeia e do Golã, já informaram que a baixa dos níveis nas fontes pode contaminar o produto devido à concentração de minerais. Centenas de plantações já foram destruídas por falta de irrigação.
Para lidar com este cenário, o governo israelense tomou medidas drásticas, como a multa. A partir deste ano, a população está proibida de regar jardins de casas particulares. Quem for pego vai pagar caro. Além disso, famílias que usarem mais água do que a média de consumo residencial serão multadas em valores equivalentes a R$ 50 por mês.
A população está orientada a economizar. Uma propaganda na tevê mostra artistas famosos apelando pela economia de água. Para ilustrar a seca, um efeito de computador mostra a pele deles secando.
E o governo também promete fazer sua parte: a irrigação de parques públicos será reduzida ao mínimo necessário. Agentes vão distribuir aparelhos que alteram a pressão da água. O Ministério da Agricultura tem planos de construção imediata de usinas de dessalinização, que tiram o sal da água do mar para torná-la potável. Mas são projetos caros e demorados. No Oriente Médio, onde grande parte do território é desértico, a água tem grande valor. As poucas fontes de água são os rios que correm por terriotórios entre Líbano, Israel e Síria, países que estão em constantes conflitos. Segundo as previsões, a situação da água na região não vai melhorar pelo menos até 2014, o que coloca em risco tanto economias como processos de paz.
Fonte: Folha Universal
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Leitura recomendada: Seca do grande Rio Eufrates
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