33 Minutos que mudarão sua opinião sobre aborto

São 33 minutos que farão você pensar sobre o assunto. Cabe lembrar que o filme possui algumas cenas fortes, então recomendamos...

Modelo de Credencial de Igreja

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Palmas para Jesus

Vou apontar para alguns argumentos que me fazem discordar do gesto de “Bater palmas para Jesus” ou “aplaudir Jesus” ou mesmo aplaudir o grupo que está cantando em um culto...

Pregações do Pastor Juanribe Pagliarin

Pregações do Pastor Juanribe Pagliarin Diversas pregações do Pastor Juanribe Pagliarin disponibilizadas para download, basta acessar este link para você baixar...

Sermão Expositivo o Pastor - Hernandes Dias Lopes

Sermões do Pastor Hernandes: Você quer ser curado? Por que a igreja existe? A restauração de Deus na tragédia. Pastores segundo o coração de Deus. Você sabe quão rico você é?...

27 de out. de 2009

Uma liderança baseada na posição e na hierarquia não é bíblica



No reino de Deus a autoridade flui do caráter. Observe o que Jesus ensinou sobre isso, tanto em Mateus 20.25-28 e também Lucas 22.25-27. Ele valorizou o ser e não o fazer. Por isso Efésios 4.11 diz: “Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres”. O indivíduo e a função são um só, ou seja, a função deve seguir o caráter. Efésios 4, trata de indivíduos providos de dons que são dados à igreja. “Apóstolos, profetas, evangelistas e pastores/mestres” são pessoas que o Senhor levantou e outorgou à igreja para sua formação, coordenação e edificação. Sua tarefa principal é capacitar os discípulos para que participem responsavelmente de acordo com os princípios divinos.

Nos dias atuais temos visto uma correria desenfreada por títulos, status e posições. Jesus sabendo das ambições do coração humano alertou seus discípulos. “Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mateus 20.26-28). Jesus condenou qualquer tipo de tirania e desaprovou a ambição por títulos hierárquicos por parte dos discípulos.

Jesus condenou qualquer tipo de tirania e desaprovou a ambição por títulos hierárquicos por parte dos discípulos.

Por: Pastor Edu Lopes

Os ministérios na Igreja são uma manifestação de serviço e não uma expressão de domínio

CHEGA DE APOSTOLICES!

É por esta razão que o apóstolo Paulo se dirigia às igrejas que plantava em termos bem familiares. Chamava-lhes "irmãos" e “cooperadores”. Quando se dirigia a eles, não se colocava como um ditador, ou como se estivesse acima deles, mas como a igual. É assim que demos proceder na obra do Senhor, captando a essência da mutualidade, que é cooperativa e relacional. O princípio da mutualidade foi esboçado pelo apóstolo Paulo com muita ênfase, talvez para que a igreja não sofra os malefícios do autoritarismo, que só provoca divisões no corpo de Cristo. “Sede qual eu sou; pois também eu sou como vós. Irmãos, assim vos suplico” (Gálatas 4.12).

É bem verdade que aqueles que questionam esse sistema clerical, hierárquico e ditador de liderança eclesiástica, são logo rotulados de “rebeldes”, “difamadores” e que estão se levantando contra os “ungidos do Senhor”, como se apenas uma pequena casta fosse ungida pelo Senhor.

Precisamos voltar para a Bíblia e buscar nela o padrão que Cristo quer para a sua Igreja, a fim de que os verdadeiros obreiros de Jesus se levantem. CHEGA DE APOSTOLICES!

Que Deus nos ajude!
Pastor Edu Lopes

14 de out. de 2009

O Poder das Palavras: Mito ou Realidade?



Anísio Renato de Andrade

    Somos capazes de criar alguma coisa apenas pela força das palavras? A confissão positiva garante êxito e prosperidade? Algumas pessoas ensinam que basta falar com fé para que algo, bom ou mau, aconteça. Existe um fundamento bíblico para isso ou é apenas uma espécie de superstição? As palavras boas são saudáveis e podem contribuir para o bem, mas não podemos superestimar seus efeitos. Seria como plantar uma semente de laranja e esperar que nasçam melancias.

ASPECTOS NATURAIS
    Em geral, as palavras têm vários tipos de poder. Se não fosse assim, elas seriam inúteis, mas isto não significa que sejam mágicas. O empregado não terá aumento salarial apenas por declarar isso com fé. Fará melhor se orar nesse sentido e conversar com seu patrão. É grande o poder da comunicação. As palavras conduzem idéias que podem mudar o mundo. Trata-se de algo muito poderoso, mesmo que não envolva, necessariamente, alguma força mística. As palavras expressam o pensamento e induzem à ação.
    Podem ser armas destrutivas ou ferramentas para a edificação devido à sua influência psicológica, moral e social. O que é dito ofende, motiva, desanima, agrada e engana; cria vínculos e causa guerras; muda o comportamento e influencia o caráter. Um "sim" ou um "não" mudam o rumo da história, geram a vida e provocam a morte (Pv.18.21). A palavra certa é desejável, mas nem sempre suficiente (IJo.3.18). Importam, muito mais, os fatos advindos da decisão declarada, com coerência e acerto (Mt.21.28-30). Afinal de contas, promessas não cumpridas podem produzir decepções (ou alívios). "Assim falai e assim procedei" (Tg.2.12). As palavras acompanhadas de ação são as mais poderosas e eficazes. A preguiça inutiliza muitas declarações de fé.
    Se uma palavra tem poder ou não, depende, muitas vezes, de ser verdadeira ou falsa. A verdade tem poder. A mentira, em princípio, não tem, a não ser que alguém acredite nela. A fé pode atribuir algum poder a uma palavra, mesmo no âmbito natural. Por exemplo: se alguém, dentro de um prédio, gritar: - Fogo! Fogo! Fogo! - muitos sairão correndo. Então, aquela palavra tem o poder de movimentar as pessoas. Pode até ser uma mentira, mas alguém acreditou e agiu.

ASPECTOS ESPIRITUAIS
    A palavra de Deus também opera através da fé, mas não apenas por meio dela. Quando Deus disser algo e a ação humana for necessária, a fé também será (Rm.10.17; Heb.4.2). A palavra do Diabo também pode provocar alguma coisa, desde que alguém creia. Foi o que aconteceu com Eva, no dia da tentação. Colocou fé na afirmação do Diabo e agiu de acordo com ela (Gn.3). Então, aquela palavra mentirosa teve poder destrutivo, com base no engano e na persuasão. O poder da palavra de Deus vai além de tudo isso, porque, em muitos casos, não depende do homem. O melhor exemplo está em Gênesis 1. Deus falou e tudo surgiu.
    Entretanto, a palavra de Deus não funciona de modo independente dele. A citação bíblica nem sempre leva aos resultados esperados, porque a bíblia não é receita culinária nem manual técnico, mas um histórico e regulamento das relações de Deus com o homem em diversas épocas e situações. Antes de esperar determinado efeito de um trecho das Escrituras, precisamos saber a quem foi dirigida aquela frase específica, seja ordem, proibição ou promessa (João 10.35). Se ela nos diz respeito, terá poder e ação em nossas vidas, caso contrário, não. Tomar uma palavra dita a um personagem bíblico qualquer e querer que ela funcione para mim, pode ser semelhante à utilização de uma receita médica prescrita para outra pessoa. Todavia, grande parte das Escrituras se aplica à igreja em todos os tempos, sendo, portanto, aplicável de modo direto em nossas vidas. Quanto ao restante, haveremos de tirar proveito apenas dos princípios morais e espirituais ali contidos, sem que isso implique na ocorrência de algum milagre.

A PALAVRA HUMANA

    O poder de uma palavra pode variar também de acordo com a pessoa que está falando. Uma palavra do presidente da república pode derrubar as bolsas de valores. Por outro lado, alguém pode passar a vida inteira gritando a mesma palavra na praça pública sem produzir coisa alguma por se tratar de uma pessoa desconhecida e sem influência.
    Em se tratando de questões sobrenaturais, as palavras só terão efeito se forem atendidas por alguém no mundo espiritual. Nessa categoria, podemos citar as orações, as bênçãos e as maldições. Se o crente fala a palavra de Deus, de acordo com a vontade de Deus, terá o poder de Deus em ação. Se declararmos o que a bíblia afirma, dentro do contexto apropriado, podemos fazê-lo com segurança e fé. Na porta do templo, Pedro mandou que o aleijado se levantasse. Ele começou a andar imediatamente. É o exemplo de um cristão falando uma palavra poderosa. Entretanto, se qualquer crente sair mandando os aleijados se levantarem, isto vai funcionar? Nem sempre. Depende do dom que Deus deu a cada um. Alguns têm o dom de curar, outros não (ICo.12.9,30).
    Até mesmo o poder do nome de Jesus não está nas letras ou no som, mesmo que seja falado em hebraico ou grego, como querem alguns. O mais importante é a existência de um relacionamento com ele, de tal forma que a citação do seu nome seja algo legítimo, autorizado e eficaz. Deus mandou que Ezequiel profetizasse vida sobre os ossos secos e eles ressuscitaram. Se Deus não mandasse, a palavra de Ezequiel não teria efeito algum. A bíblia apresenta alguns episódios em que o homem falou e algo aconteceu, embora o texto não mencione uma ordem direta de Deus. Contudo, em todos os casos, os protagonistas eram pessoas que tinham um relacionamento íntimo com o Senhor, geralmente profetas. Não podemos garantir que não tenham recebido uma orientação celestial, nem podemos fazer de tais exemplos uma regra ou doutrina para nós.
    Quando Jesus falou em ordenar que o monte se lance ao mar (Mc.11.23), ele queria que alguém fizesse isso mesmo? É claro que não. Se trata apenas de um exemplo, uma ilustração para o ensinamento seguinte sobre a oração (Mc.11.24). Se quisermos tomar as palavras de Cristo literalmente, em qualquer situação, deveremos, não apenas remover as montanhas, como também arrancar o olho direito (Mt.5.29), comer a carne de Jesus (Jo.6.54), e esperar que ele reconstrua o templo judaico em 3 dias (Jo.2.19).
    Algumas pessoas acham que uma palavra negativa tem o poder de destruir uma vida. Pode até acontecer, mas vai depender de muitos fatores. O indivíduo precisa ouvir, aceitar, acreditar e viver de acordo com o que foi dito. Se eu amaldiçoar um servo de Deus, alguém que seja fiel ao Senhor, minha palavra não terá efeito algum porque "a maldição sem causa não se cumpre" (Pv.26.2). Da mesma forma, se eu abençoar alguém que não quer a bênção, de nada adiantará. "Visto que amou a maldição, que ela lhe sobrevenha! Como não desejou a bênção, que ela se afaste dele" (Salmo 109.17).
    Enfim, o poder das palavras humanas existe, mas está condicionado a muitos fatores. Todavia, "a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Heb.4.12).
    "A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é cheia de majestade. A voz do Senhor quebra os cedros; sim, o Senhor quebra os cedros do Líbano. Ele faz o Líbano saltar como um bezerro; e Siriom, como um filhote de boi selvagem. A voz do Senhor lança labaredas de fogo. A voz do Senhor faz tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades. A voz do Senhor faz as corças dar à luz, e desnuda as florestas; e no seu templo todos dizem: Glória!" (Salmo 29.4-9).

Bildade e a Teologia da Prosperidade


Nas últimas décadas do Século 20, as igrejas evangélicas foram tomadas por uma teologia que acabou por substituir a verdadeira adoração a Deus por um espírito meramente comercial. Referimo-nos à pervertida e ímpia Teologia da Prosperidade (leia-se, Teologia do Milhão).

Esse arremedo de doutrina levou os fiéis a inverterem os mais caros valores de sua fé: o mais importante, agora, para milhões de filhos de Deus não é o ser; e sim: o ter. Dessa forma, as pessoas, em nossas igrejas, começaram a ser julgadas não pelo que eram, mas pelo que tinham.

Desse modo foi o patriarca avaliado por seu amigo Bildade que, neste caso, representa a Teologia do Milhão.

I. Quem foi Bildade?
Não possuímos muitas informações acerca de Bildade. Limita-se a Bíblia a informar que este amigo de Jó era um suita. Certamente morava ele em Canaã, onde Suá, à semelhança de Temã, era um daqueles pequenos reinos ali estabelecidos.

No livro de Jó, temos três discursos de Bildade, que se encontram nos capítulos 8, 18 e 25.

II. A Teologia da Prosperidade
1. O que é a Teologia da Prosperidade.
É a doutrina, segundo a qual o crente, por ser filho de Deus, jamais passará por agruras financeiras, pois foi ele destinado a viver de maneira regaladamente pródiga, sem ter de se denfrontar com as carências materiais comuns a todos os seres humanos.


2. A doutrina de Bildade.
Como predecessor da Teologia da Prosperidade, acreditava Bildade que, se Jó estava sofrendo e já nada possuía, era porque pecara contra o Senhor. Pois somente são atribulados aqueles que desobedecem a Deus. Logo: os que o obedecem, acham-se em larguezas e profusões.

A fim de fundamentar a sua doutrina, evoca Bildade o testemunho dos antigos: "Porque, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas e prepara-te para a inquirição de seus pais. porque nós sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra" (Jó 8.8,9).

3. A falácia de Bildade.
Quão falacioso e sofístico era Bildade! Além de brincar com as palavras e jogar com raciocínios aparentemente válidos, ousa invocar até o depoimento dos antigos. Não agem assim os modernos proponentes da Teologia do Milhão? Na defesa deste aleijão doutrinário, torcem as Sagradas Escrituras, brincam com a verdade, fazem uso de subterfúgios lógicos e até citam, fora de seu contexto, o testemunho dos antepassados (2Pe 3.16).

III. As Contradições da Teologia da Prosperidade
Se Bildade viveu num período anterior ao patriarca Abraão, como acreditamos, que exemplo poderia ele apresentar dos antigos, para que a sua doutrina fosse devidamente justificada?
1. A Prosperidade Material.
De acordo com a História Sagrada, os ímpios vêm se prosperando materialmente muito mais do que os justos (Sl 73.1-10). O que dizer da civilização inaugurada pelo homicida Caim? A cidade por ele fundada era, tecnologicamente, avançadíssima (Gn 4.17-22). Enquanto isso, nem notícia temos do progresso alcançado pelos filhos do piedoso Sete. Que riquezas lograga Enoque? Ou Noé? Ou ainda Sem? Enquanto isso, iam os descendentes do indecoroso e irreverente Cão fundando grandes impérios: Líbia, Egito, Etiópia e os domínios de Canaã (Gn 10.1-20).

2. As Provações dos Justos.
A História Sagrada, no registro dos fatos que ocorreram após a era de Bildade, fala de alguns homens que, apesar de sua comprovada e singular piedade, foram submetidos às piores agruras. Se Abraão, Isaque e Jacó foram abençoados com grandes riquezas, José foi vendido como escravo, e como escravo viu-se constrangido às mais inumanas humilhações (Gn 37.26-36). Elias, Amós e Lázaro vivenciaram necessidades básicas. O primeiro viu-se na contingência de nutrir-se do que lhe traziam os corvos (1Rs 17.5-7). O segundo, como boieiro, alimentava-se de sicômoros (Am 7.14) E o terceiro, além da extrema pobreza, fora coberto por uma terrível chaga; e, assim, abandonado por todos, comia das migalhas que caíam da mesa do rico (Lc 16.20-25).

3. A Evidência de Uma Vida Piedosa.
Não quero, com isso, ressaltar a pobreza como evidência de uma vida plena de Deus, como não o é também a riqueza. Pois, se nas Escrituras Sagradas há ricos piedosos, há também pobres incrédulos e nada tementes a Deus.

Temos de agir com equilíbrio e discernimento, pois os extremismos teológicos, quer à esquerda quer à direita da Bíblia, são nocivos. Logo: que niguém seja julgado pelo que tem, mas pelo que é (Mt 5.16; 1Tm 5.25; Tg 1.26,27). Quer Deus nos conceda riquezas, quer nos deixe experimentar necessidades, tenhamos sempre em mente que Ele é Soberano e, como tal, sabe tratar com seus filhos (Jr 18.1-16). Habacuque e Paulo sabiam viver na abundância, e não se pertubavam na privação (Hb 3.17-19; Fp 4.10-13).

IV. A Justa Porção de Agur
A Teologia da Prosperidade é diabolicamente perversa e mentirosa, porque induz os filhos de Deus a buscar a riqueza, por concluírem ser esta tão importante quanto a salvação. Alerta Paulo, contudo, que, os que porfiam por serem ricos, cairão em muitas ciladas (1Tm 6.9). O mesmo apóstolo ainda alerta ser o amor ao dinheiro a raiz de todos os males (1Tm 6.10).

1. A Teologia da Miséria.
Não queremos urdir uma teologia da miséria, como se esta fosse suficiente para conduzir-nos aos céus. Se o fizermos, cairemos nas mesmas heresias daqueles monges que, supunham ter já conseguido a riqueza celeste. Assim como há ricos piedosos, e Jó, entre todos os ricos, pontificava por sua singular integridade, há também pobres ímpios e inimigos de Deus - e não são poucos!

2. A Porção de Agur.
Como buscar este equilibrio? O encontraremos na petição que, certa vez, um homem cahamado Agur endereçou a Deus: "Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada; para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus" (Pv 30.7-9).

Noutras palavras, rogava Agur ao Senhor o pão nosso de cada dia (Mt 6.11).

Atentemos também a esta recomendação do Senhor Jesus em Mateus 6.25.

E vejamos ainda o que diz o apóstolo Paulo em 1Tm 6.7,9.

Fonte: Revista, Lições Bíblicas - Jovens e Adultos. 1° Trimestre de 2003 - CPAD

7 de out. de 2009

A Liturgia na Igreja Primitiva



A liturgia da igreja primitiva era simples e obedecia a uma sequência espontânea, com naturalidade. Os cânticos eram os Salmos (1Coríntios 14.26; Colossenses 3.16). As orações eram dirigidas ao mesmo Deus dos judeus (Atos 4.24). Os referenciais teológicos eram do Velho Testamento. Rapidamente, porém, operou-se a transição para uma nova liturgia, na qual a pessoa de Cristo ocupava o lugar central pela celebração da Ceia do Senhor (1Coríntios 11.20ss). Após uma refeição comum, cânticos eram entoados, eram feitas orações, as cartas dos apóstolos eram lidas (Colossenses 4.16); celebrava-se a Ceia do Senhor (não confundida com a refeição comunitária) e ensinava-se a doutrina , visando aprofundar e fortalecer a fé. Supõe-se que algumas das formas de doxologia incorporadas a vários textos, especialmente paulinos, seriam recitativos, talvez até cânticos usuais nos cultos. Veja exemplos em Romanos 11.33-36; 2Timóteo 3.16.

As profecias e revelações tinham muita valia, uma vez que as Escrituras Sagradas do Novo Testamento ainda estavam em desenvolvimento. Esses dons eram necessários para que pudesse ser dada a interpretação correta aos eventos relacionados com a pessoa de Cristo à luz ds profecias, dos salmos e da lei. Estava implícito que o ensino recebido nos cultos deveriam ser colocados em prática na vida diária (Tiago 1.25). Ministravam-se os batismos, ofertas eram levantadas para o sustento da obra missionária e para beneficência (1Coríntios 16.2), tudo com muita simplicidade, e nem poderia ser de outro modo, uma vez que os cultos eram realizados nas casas que hospedavam as igrejas. As reuniões se davam no primeiro dia da semana. Essas formas litúrgicas eram postas em prática no mundo inteiro, devendo cada povo adorar a Deus na sua própria língua. Havia extremo cuidado para que os novos convertidos não trouxessem para a liturgia cristã as práticas da sua pregressa idolatria (1Coríntios 10.14ss). A pureza litúrgica era tão essencial ao culto cristão como a exclusividade da adoração a Deus em Cristo (1Coríntios 10.21). As mulheres não eram impedidas de participar da liturgia orando e profetizando (1Coríntios 11.5). A liturgia devia ser observada "decentemente e com ordem" (1Coríntios 14.40).

Extraído da revista: "Capacitação cristã", "Série Aperfeiçoando". Edição n° 3 - Eclesiologia - A doutrina da igreja