"Então Jesus entrou no Templo e expulsou todos os que ali vendiam e compravam. E derribou as mesas e as cadeiras dos que vendiam pombas." (Mateus 21.12)

E expulsou todos os que ali vendiam e compravam. os vendedores armavam suas mesas e barracas no portão de entrada do pátio dos gentios, numa extensão conhecida como "os bazares dos filhos de Anás". É bom que se diga que as coisas vendidas ali eram úteis para o culto da época: pombas e ovelhas necessárias para os sacrifícios em favor dos pecadores. A Torá mandava o pecador trazer o melhor animal do seu rebanho, para expiar a sua transgressão: "Quando alguma pessoa cometer uma transgressão e pecar por ignorância nos coisas sagradas do Senhor, então trará ao Senhor, por expiação, um carneiro sem mancha do rebanho, conforme a tua estimação em siclos de prata, segundo o o siclo o santuário, para expiação da culpa." (Levítico 5.15). Mas por melhor que fosse o animal trazido pelo pecador, os sacerdotes colocavam defeitos e o recusavam. Ao pecador não restava outra alternativa a não ser dirigir-se aos comerciantes e comprar "animais previamente aprovados pelos sacerdotes", pagando um preço escorchante. Muitas vezes o pecador dava o seu animalzinho como parte de pagamento, para depois vê-lo à venda, como "animal aprovado", igualmente oferecido por um preço exorbitante. Aquilo era revoltante.
Também naquelas barracas se faziam as trocas de moedas gregas e romanas pelo único dinheiro aceito no Templo "o siclo do Santuário", de emissão judaica. Porém os filhos de Anás - também sacerdotes - e os comerciantes que eles licenciavam, supervalorizavam o câmbio e obtinham grandes lucros nas trocas das moedas, em prejuízo dos peregrinos e adoradores. Quando terminava a Semana Santa, os peregrinos iam destrocar as moedas que sobravam e novamente eram aviltados. Como milhares e milhares de peregrinos e adoradores vinham ao Templo, o negócio era simplesmente gigantesco e altamente vantajoso para aquela casta. Jesus mexeu duas vezes naquele vespeiro: a primeira no início do seu ministério, três anos e meio atrás, quando expulsou os vendedores do Templo (João 2.14), e a segunda agora, na Sua última semana de vida.
Porque é lógico: se existe vendedor, é porque há comprador. Mesmo que pareçam inocentes e explorados, na verdade os compradores são há causa de continuar existindo comércio na Casa do Senhor. E entenda-se por Casa do Senhor inclusive, o quintal do Templo, que é onde estavam estes vendedores e compradores. Ainda que a "Esplanada dos Gentios" fosse considerada profanada, Jesus enfatiza que ali também é local sagrado e proíbe o comércio no Seu recinto. É chocante notar que o mesmo Jesus amoroso, que recebe de braços abertos a prostituta, o adúltero, o ladrão e até o mais vil pecador, não tolera e expulsa a chicotadas todos os vendedores e compradores que utilizam qualquer área do Templo para seus negócios.
Por: Juanribe Pagliarin
Em: O Evangelho Reunido

E expulsou todos os que ali vendiam e compravam. os vendedores armavam suas mesas e barracas no portão de entrada do pátio dos gentios, numa extensão conhecida como "os bazares dos filhos de Anás". É bom que se diga que as coisas vendidas ali eram úteis para o culto da época: pombas e ovelhas necessárias para os sacrifícios em favor dos pecadores. A Torá mandava o pecador trazer o melhor animal do seu rebanho, para expiar a sua transgressão: "Quando alguma pessoa cometer uma transgressão e pecar por ignorância nos coisas sagradas do Senhor, então trará ao Senhor, por expiação, um carneiro sem mancha do rebanho, conforme a tua estimação em siclos de prata, segundo o o siclo o santuário, para expiação da culpa." (Levítico 5.15). Mas por melhor que fosse o animal trazido pelo pecador, os sacerdotes colocavam defeitos e o recusavam. Ao pecador não restava outra alternativa a não ser dirigir-se aos comerciantes e comprar "animais previamente aprovados pelos sacerdotes", pagando um preço escorchante. Muitas vezes o pecador dava o seu animalzinho como parte de pagamento, para depois vê-lo à venda, como "animal aprovado", igualmente oferecido por um preço exorbitante. Aquilo era revoltante.
Também naquelas barracas se faziam as trocas de moedas gregas e romanas pelo único dinheiro aceito no Templo "o siclo do Santuário", de emissão judaica. Porém os filhos de Anás - também sacerdotes - e os comerciantes que eles licenciavam, supervalorizavam o câmbio e obtinham grandes lucros nas trocas das moedas, em prejuízo dos peregrinos e adoradores. Quando terminava a Semana Santa, os peregrinos iam destrocar as moedas que sobravam e novamente eram aviltados. Como milhares e milhares de peregrinos e adoradores vinham ao Templo, o negócio era simplesmente gigantesco e altamente vantajoso para aquela casta. Jesus mexeu duas vezes naquele vespeiro: a primeira no início do seu ministério, três anos e meio atrás, quando expulsou os vendedores do Templo (João 2.14), e a segunda agora, na Sua última semana de vida.
A diferença é que, nesta segunda purificação, Jesus atacou a outra ponta da transgressão: os compradores do templo.
Porque é lógico: se existe vendedor, é porque há comprador. Mesmo que pareçam inocentes e explorados, na verdade os compradores são há causa de continuar existindo comércio na Casa do Senhor. E entenda-se por Casa do Senhor inclusive, o quintal do Templo, que é onde estavam estes vendedores e compradores. Ainda que a "Esplanada dos Gentios" fosse considerada profanada, Jesus enfatiza que ali também é local sagrado e proíbe o comércio no Seu recinto. É chocante notar que o mesmo Jesus amoroso, que recebe de braços abertos a prostituta, o adúltero, o ladrão e até o mais vil pecador, não tolera e expulsa a chicotadas todos os vendedores e compradores que utilizam qualquer área do Templo para seus negócios.
Por: Juanribe Pagliarin
Em: O Evangelho Reunido