27 de ago. de 2009

Série: Família, obra prima de Deus - II. A estrutura da família

II. A estrutura da família
Quando uma família é formada, seus componentes passam a assumir novos “papéis sociais”, ou seja, as esferas de relacionamento e compromissos que cada ser humano possui que o levam a comportar-se, agir e falar seguindo determinados padrões sociais previamente estabelecidos. Assim é que o homem, ao chegar ao casamento, além de continuar a cumprir o seu papel do homem filho, irmão, amigo e profissional (neste caso dependendo da área de atuação, ele vai cumprir um papel social de líder ou de subalterno, além de colega de trabalho), vai também passar a ter o papel de marido.

O mesmo vai acontecer com a mulher, respeitando-se sua identidade sexual, que, com o casamento, assumirá o papel de esposa. Com a chegada dos filhos, ambos vão assumir novos papéis – o de pai e o de mãe – e, com a trajetória da vida, o de tio, tia, sogro, sogra, avô, avó, dentre outros.

A verdade é que nem sempre o ser humano se prepara devidamente para assumir estes papéis sociais. Vamos, em poucas considerações, falar um pouco sobre estas relações encontradas na estrutura familiar.
  • Marido e mulher – A Bíblia não omite a descrição do que Deus espera do relacionamento do casal. Várias epístolas trazem recomendações explícitas aos maridos e às mulheres, mas o texto clássico e o de Efésios 5:22-33. Neste texto, duas palavras marcam as obrigações do casal: da mulher se requer submissão (v.22); do marido, amor (v.25). Muita discussão já se empreendeu para tentar compreender que “submissão” é essa. Não é o propósito retomá-la aqui. Fiquemos, porém, com quatro conceitos:
    • submissão da mulher não tem nada a ver com opressão, manipulações e exploração;
    • quem ama não destrói física e nem emocionalmente sua mulher;
    • a tarefa do homem – amar – comparada ao “amor de Cristo para com a igreja” (v.25-33), torna o compromisso do homem muito maior;
    • se por um lado, em termos de liderança, não podemos negar que o homem tem ascendência no lar, por outro, quando ela pode ser compartilhada em função da especialidade de cada um, a gestão familiar flui melhor.
  • Pais e filhos – Novamente vamos encontrar dentro da estrutura familiar uma relação em que o quesito autoridade é preponderante. Vamos também verificar que a liderança exercida pelos pais sobre os filhos não deve ser opressiva, cerceadora manipuladora. Muitos pais precisam aprender a respeitar a individualidade dos filhos. O que se verifica, porém, são alguns pais que oprimem e reprimem tanto seus filhos que quase os despersonalizam, tornando-os borrões de si mesmos malformados e inseguros. Paulo recomenda: “E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor” (Ef. 6:4). Por outro lado, como Paulo recomenda não se deve descuidar em relação à disciplina. Muitos pais crentes, infelizmente, abandonaram a disciplina e por isso estão colhendo frutos amargos.
  • Filhos e pais – Os filhos devem ser obedientes aos pais. A recomendação de Paulo é: “vós filhos sede obedientes aos vossos pais no Senhor, porque isto é justo” (Ef. 6:1). E como os filhos crentes devem cumprir este mandamento quando seus pais não temem ao Senhor? A expressão “no Senhor” define isto. Não é para os filhos submeterem-se a atrocidades, heresias e desmandos de pais desmiolados. A dependência de Deus vai orientar a agir em situações como estas.

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