24 de set. de 2009

Instituições Judaicas 2

Havia, nos dias de Jesus, três grandes instituições judaicas: as sinagogas, o templo e o sinédrio.

1.2 - O templo - O templo sempre ocupou lugar insubstituível na religião dos judeus. Fora construído e abrigava a arca do concerto, e fora solenemente dedicado a Deus num clima de absoluta convicção de que ali Deu se manifestava. Por isso, o culto, a rigor, devia ser feito nele. As sinagogas foram criadas por imposição de necessidade, como já vimos, a partir do cativeiro babilônico. O templo em que Jesus esteve, em seus dias, era o de Herodes o Grande. Foi começado no ano 20 a.C. e durante seu ministério ainda estava em construção, a qual só foi concluída no ano 64 d.C., para daí a seis anos, conforme profetizara o Senhor Jesus, dele não ficar pedra sobre pedra, quando o general romano Tito o destruiu completamente. Fora dos domínios da capital imperial, era o maior edifício já construído. A área aplainada para os edifícios do templo media 450m de norte a sul e 300m de leste a oeste, e era toda cercada por um muro em que se empregaram grandes blocos de pedra medindo 60 centímetros de altura por até 5 metros de comprimento. Certa vez os discípulos de Jesus, ao saírem do templo, chamaram a atenção do Senhor para a grandiosidade daquelas pedras, mas ele profetizou a destruição de tudo (Marcos 13.1,2). O templo tinha quatro átrios (pátios): dois para os gentios, um para os homens israelitas, um para as mulheres, e outro para os sacerdotes. os dois átrios para os gentios eram externos, e o dos sacerdotes e o das mulheres eram internos. No interior mesmo somente os sacerdotes podiam entrar, e no lugar santíssimo apenas o sumo sacerdote, um avez por ano. No átrio dos gentios é que os cambistas e vendedores haviam se instalado, profanando o templo, e Jesus os expulsou (Marcos 11.15-17 e passagens paralelas). O lugar santíssimo era protegido por uma imensa cortina, o véu, que na morte de Jesus se rompeu de alto a baixo (Lucas 23.45).


A atitude de Jesus em relação ao templo foi a de transição. Respeitou-o, reconhecendo ser santificado a Deus, mas ao mesmo tempo previu sua destruição e a ele não se submeteu, declarando-se superior a ele. Ensinou à mulher samaritana que Deus não habita em casa feita por homens e que deve ser adorado em, espírito e em verdade, independentemente do lugar (João 4.21-24). Das inúmeras portas que davam entrada ao templo, a mais famosa era a porta Formosa. Foi onde Pedro e João curaram, em nome de Jesus, um coxo (Atos 3.1-8).

Os serviços do templo funcionavam todos os dias, com sacrifícios pelo povo, de manhã e de tarde. Todo o serviço estava sob supervisão dos sacerdotes, que formavam um corpo especial na religião judaica e também uma classe social importante. Basta lembrar que o sumo sacerdote era, ex-ofício, o presidente da mais alta corte dos judeus, o sinédrio. Havia 24 grupos, ou "cursos", e os sacerdotes serviam em sistema de rodízio. Como classe abaixo, vinham os levitas, auxiliares dos sacerdotes.

Por: Delcyr de Souza Lima
Fonte: Revista Capacitação Cristã - Geografia Bíblica - Juerp

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