10 de fev. de 2011

Debate entre um calvinista e um arminiano

Calvinistas e Arminianos


Mais uma vez calvinistas e arminianos se "enfrentam", mas para tristeza de muitos, desta vez o debate não causou males, escândalos nem constrangimentos para nínguem, pelo contrário promoveu a edificação!

Abaixo o texto retirado de um comentário deixado neste post: http://blogfiel.com.br/2011/02/em-que-cre-um-calvinista.html do Blog Fiel

"Em “Evangelização e Soberania de Deus” (Ed. Cultura Cristã), J. I. Packer faz referência ao conhecido diálogo entre Charles Simeon, calvinista, e John Wesley, arminiano, que transcrevo aqui:
- “Senhor” – disse Simeon – “entendo que o senhor seja chamado de arminiano: e algumas vezes tenho sido chamado de calvinista; portanto suponho que devemos desembainhar as espadas. Porém, antes de consentir iniciar o combate, com sua permissão far-lhe-ei algumas perguntas… Diga-me: o senhor se sente uma criatura depravada, tão depravada que nunca teria pensado em voltar-se para Deus, se Deus não tivesse mudado o seu coração?”
– “Sim”, replicou o veterano, “Sinto-o realmente”.
- “E o senhor se desespera totalmente de tornar-se aceitável perante Deus por qualquer coisa que possa fazer; e espera na salvação exclusivamente através do sangue e da justiça de Cristo?”
– “Sim, unicamente por meio de Cristo”.
– “Mas, senhor, supondo que foi inicialmente salvo por Cristo, de um modo ou de outro, o senhor não acredita que agora tem de continuar salvo por suas próprias obras?”
– “Não, mas terei de de ser salvo por Cristo do principio ao fim”.
– “Admitindo, portanto, que foi inicialmente convertido pela graça de Deus, o senhor, de um modo ou de outro, não tem que manter-se salvo por seu próprio poder?
– “Não”.
– “Nesse caso, o senhor tem que ser sustentado, cada hora e momento por Deus, tal como uma criança nos braços de sua mãe?”
– “Sim, inteiramente”.
– “E toda a sua esperança está firmada na graça e misericórdia de Deus, para ser preservado até o seu Reino celeste?”
– “Sim, não tenho esperanças senão nEle”.
– “Então, com sua permissão, senhor, embainharei novamente a minha espada; pois esse é todo o meu calvinismo: essa é a minha eleição, minha justificação pela fé, minha perserverança final: em suma, é tudo quanto mantenho, e é conforme o sustento; assim, se lhe parece bem, em lugar de buscarmos termos e frases que serviriam de base de luta entre nós, unamo-nos cordialmente naquelas coisas sobre as quais concordamos”.
Perceba-se, no diálogo, a clareza da soberania divina diante da responsabilidade moral do homem. Levar a sério as implicações das afirmações atribuídas a Simeon nos aproximará das Doutrinas da Graça, redescobertas na Reforma. Que o Senhor nos fotaleça na Verdade e no Amor!"

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